Como diria Helena Roseta no debate acerca do tema, no passado dia 5, "portugal é um país de marinheiros e é um barco que nos traz a força para mudar a lei".
Não deixar entrar o Women on Waves em Portugal é vergonhoso para o país. Transmite a ideia de que Portugal é pequenino não só de tamanho. Porém, temos muito boas cabeças pelo país fora... pena nenhuma estar no governo.
Comicha-me o cérebro pensar que um bando de homens (sim, porque são principalmente homens) decide acerca do que quero fazer ao meu corpo. Ora se não tenho emprego, formação ou dinheiro, que tipo de vida vou dar a uma criança? Já sei, vou abandoná-la num caixote do lixo ou à porta de alguém! Melhor, vou passar por uma gravidez angustiada já que no seu termo vou prescindir daquele ser que se forma em mim e preencher a papelada toda para adopção. Não deve custar muito. Até porque a adopção em Portugal é rápida e eficaz, num é???
Eu sou mulher. Não sei se seria capaz de abortar. Mas gostava de ter a opção legal de o fazer.
Votei a favor do aborto no referendo e voltaria a votar de igual forma, volvidos 6 anos. Mas não me parece que seja solução, visto que a maior parte do povinho não pôs sequer lá os pés. O nosso actual 1º ministro pôs lá os pés para votar não.
Estes homens e mulheres a bordo do chamado "barco do aborto" (que alcunha de mau gosto) são pessoas de mente aberta e sã, que percorrem o mundo inteiro não para "aniquilar vidas", como defendem os fanáticos do anti-aborto, mas sim para ensinar a sua prevenção.
Não considero que qualquer mulher, em consciência, seja capaz de utilizar o aborto como método contraceptivo. Não foi isso que aconteceu nos países em que o aborto foi legalizado, apesar do seus praticantes serem ainda olhados de soslaio.
Existe uma petição para um novo referendo. Aos interessados, clicar aqui.
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